Silvio Biondo

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Um cantinho, um bandolim, eis Silvio Biondo

(por Arthur Vilhena)

No primeiro trabalho, músico chapecoense radicado em Curitiba, mostra ritmos brasileiros no formato solista

Parafraseando Oswaldo Montenegro, ele teimou e enfrentou o mundo, se rodopiando ao som dos bandolins. É desta maneira que Silvio Biondo conduz sua carreira, de acordo com os versos de Bandolins, clássico da música popular brasileira.

Artista chapecoense – formado no curso de Música da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Curitiba -, cidade na qual é radicado há seis anos, Silvio, apesar de só agora estar lançando o primeiro disco solo, já vem conduzindo carreira que ultrapassa duas décadas de vida.

Com a banda Red Tomatoes, marcou a história da música independente, ao ficar diversas vezes no primeiro lugar com a canção mais baixada no site Trama Virtual, entre outras no top dez. Junto a isto, o destaque dado por Emanuel Moon, da Relespública, no site da MTV Brasil, pelo festival Curitiba Calling, no Espaço Cultural 92°, o primeiro festival independente brasileiro transmitido ao vivo pela internet.

Agora, com a segurança e maturidade dadas pela estrada, Silvio divulga sua estreia solo, lançada no final de 2015: Mandolino, projeto gravado na Gramofone, realizado com o apoio do programa de apoio e incentivo à cultura, da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba.

Como a ocasião pede, a produção musical e arranjos não poderiam ficar por baixo. Para isto, Silvio convocou músico que já acompanhava em diversos shows, e que percebeu afinidade entre ambos para transitar, com liberdade, entre os ritmos: isso se confirmou durante uma das Oficinas de Música, quando tive aulas com o compositor uruguaio Hugo Fattoruso. Tive dez dias de aulas de piano do repertório que ia ser a sua apresentação, que teve Glauco Solter no baixo. Achei que o baixo ficou muito bom naquelas músicas e pensei que eu gostaria de ter aquele nível nas minhas apresentações.

Já quanto ao repertório, todo de autoria do próprio Silvio, ele nasceu de um processo marcado pela liberdade criativa: deixo os ritmos me influenciarem e toco com pessoas que também deixam que eu os influencie. O resultado é um disco de ritmos brasileiros que se relaciona com todas as regiões do Brasil, afirma.

Coroando a identidade deste debute, vem a forma como os músicos se conheceram: durante o curso de Música, na faculdade. Desde então, perceberam a sincronia musical, e que isto acabaria numa parceria. A partir daí, Silvio mostrou uma composição de violão a Marcelo Wengart, que aqui, toca percussão, e logo tratou de marcar uma gravação no laboratório da universidade, onde chamou mais músicos, o que culminou na gravação de uma faixa. Em seguida, o bandolim surgiu na vida de Silvio e o restante você confere neste novo trabalho.

Arthur Vilhena.